Já está mais do que na hora do Estado pensar um
pouco mais no setor cultural. Hoje temos uma situação catastrófica nesta área,
com o Centro Integrado de Cultura em obras há mais de 3 anos, vários
equipamentos culturais sem funcionamento ou atuando de forma precária, e com a absoluta falta de uma política cultural
para Santa Catarina. O setor cultural vive atualmente, com toda a certeza, os
piores dias da sua história.
As mudanças devem começar já e na própria estrutura de governo. A Fundação Catarinense de Cultura, em seus 33
anos, tornou-se um órgão obsoleto, sem
autonomia, totalmente dependente de uma
Secretaria que tem como ação principal cuidar dos assuntos de Turismo do Estado. Está cada vez mais claro que Santa Catarina,
a exemplo de todos os demais grandes estados da Federação, precisa transformar
a FCC em uma Secretaria de Estado, com um quadro de cargos e salários descente,
com remuneração adequada aos níveis dos seus técnicos, historiadores e artistas
de alta qualificação.
A FCC tem hoje sob sua responsabilidade o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o Teatro Governador
Pedro Ivo, o Centro Integrado de Cultura (CIC) — que compreende o Teatro Ademir
Rosa, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), o Museu de Imagem e Som
(MIS/SC), as Oficinas de Arte, a Escolinha de Artes e o Espaço Cultural Lindolf
Bell. Administra também a Casa da Alfândega, a Biblioteca Pública de Santa
Catarina, o Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa, o Museu
Etnográfico Casa dos Açores (em Biguaçu), o Museu Casa de Campo Governador
Hercílio Luz (em Rancho Queimado) e o Museu Nacional do Mar - Embarcações
Brasileiras (em São Francisco do Sul). Tudo isto administrado por um corpo
funcional de menos de 200 funcionários, todos desmotivados, e muito mal
remunerados, se formos comparar aos demais servidores do Estado.
Só uma
Secretaria de Estado hoje, com a valorização dos técnicos do setor, pode
garantir aos catarinenses que os objetivos da gestão cultural do estado serão
cumpridos em todas as suas finalidades.
Publicado no jornal Diário Catarinense de 25/08/2012.
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