sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Resultados Execráveis
“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana”.Bakunin
A Estrela de 32 anos
Em homenagem aos 32 anos do PT, deixo aqui uma foto dos adereços encontrados no fundo dos meus baús, usados por estudantes de jornalismo da UFSC na década de 80.
A Estrela do PT e o símbolo do sindicato "Solidariedade", da Polônia, que era comandado por Lech Walesa, que assim como Lula, foi líder sindical e Presidente do seu País.
Infelizmente, o PT mudou muito, o Solidariedade desapareceu, e as bandeiras de lutas por justiça social, saúde, emprego e educação continuam na ordem do dia.
Marcadores:
32 anos do PT,
jornalismo,
Lula,
PT,
Solidariedade,
UFSC
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Preservar é Preciso
A Assembleia aprovou ontem o Projeto do deputado Carlos Chiodini (PMDB) que cria Programa Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico de Santa Catarina. Segundo a nova Lei, pelo menos 10% do orçamento do FUNCULTURAL (mais de R$ 40 milhões), será destinado através de editais públicos aos proprietários de bens tombados em SC, para reformas e manutenção dos prédios, edificações, etc.
Talvez seja este o início de uma cruzada estadual de preservação do nosso patrimônio. Estamos assistindo diariamente a destruição das antigas edificações que cedem lugar aos modernos edifícios de escritórios, apartamentos, etc. Nossas cidades estão perdendo suas características, suas histórias, suas memórias.
É preciso lembrar que por definição, Patrimônio Cultural compreende todos os bens móveis e imóveis de valor histórico, arqueológico, arquitetônico, arquivístico, bibliográfico, museológico, artístico, paisagístico, ambiental, cultural e afetivo para a população.
Assim, consistem em patrimônio: fotografias, livros, mobiliários, obras de arte, casas, edifícios, ruas, praças, cidades, regiões, florestas, cascatas, etc.
Só a preservação permite à população, à nossa gente, o acesso à memória coletiva, conhecendo e interpretando o passado, para construir no presente a sua identidade cultural.
O Estado de Santa Catarina hoje possui exatos 302 bens tombados à nível estadual, cerca de mais 60 estão em processo de tombamento, e certamente outras milhares de edificações e bens culturais por toda Santa Catarina, necessitam de um enquadramento que assegure à população o acesso a estes patrimônios, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Temos que lembrar que manter um bem tombado, requer dinheiro, conservá-lo, requer atenção permanente. Restaurar uma edificação, com rigorosos critérios técnicos, conservando seus valores estéticos ou históricos, requer a ajuda do Estado. E é isto que o projeto aprovado garante.
O Estado hoje, pode resgatar uma omissão histórica nesta área, priorizando uma demanda reprimida ao longo dos anos.
Mas o projeto do deputado Chiodini deseja não só estabelecer a responsabilidade do Estado nesta questão, mas também estimular os proprietários de edificações antigas, históricas, relevantes arquitetonicamente nas nossas cidades, para que procurem restaurar e preservar seus edifícios para que não percamos o que resta da nossa memória, da história dos nossos antepassados.
Divulgação
Infelizmente, quando temos um assunto relevante para a área cultural do Estado, nenhuma linha das nossas editorias de cultura nos jornais diários aborda o assunto. Faço justiça apenas ao jornalista Carlos Damião, da coluna Ponto Final, do Notícias do Dia, um jornalista acima da média, com visão de futuro e uma alma sensível para reconhecer a importância do nosso passado e do Patrimônio do Estado. Eis a única nota sobre o projeto aprovado na Alesc ontem:
Carlos Damião
@Damiao_ND
Uma luz para o patrimônio histórico
AL aprova Programa Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico, garantindo recursos do Funcultural para o setor
Um passo importante para a cultura catarinense, o Programa Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico de Santa Catarina, aprovado na quarta-feira (8) pela Assembleia Legislativa, chega em boa hora. E o projeto, de autoria do deputado Carlos Chiodini garante o mais importante: não basta tombar um imóvel, é preciso assegurar recursos para sua restauração, recuperação ou manutenção. Os valores deverão ser incluídos anualmente no orçamento do Funcultural (Fundo Estadual de Incentivo à Cultura). Na definição legal, patrimônio histórico é constituído por bens móveis, imóveis e imateriais de valor histórico, arqueológico, arquitetônico, arquivístico, bibliográfico, museológico, artístico, paisagístico, ambiental e cultural. Por incrível que pareça, e apesar de ter mais de 300 bens tombados como patrimônio (e outros 60 em fase de tombamento), Santa Catarina não tinha um programa específico para preservação de sua memória, apesar dos esforços dos técnicos ligados à Fundação Catarinense de Cultura. O principal problema, claro, sempre foi a falta de recursos financeiros.
PS. Dos mais de 300 imóveis tombados pela Fundação Catarinense de Cultura, em Santa Catarina, mais da metade foram tombados durante a minha gestão na Secretaria de Cultura e Comunicação do Estado e na Fundação Catarinense de Cultura (1995/1998) através do projeto Cultura Viva. O descaso era tanto, que nem mesmo a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, era tombada como patrimônio do Estado até então.
Talvez seja este o início de uma cruzada estadual de preservação do nosso patrimônio. Estamos assistindo diariamente a destruição das antigas edificações que cedem lugar aos modernos edifícios de escritórios, apartamentos, etc. Nossas cidades estão perdendo suas características, suas histórias, suas memórias.
É preciso lembrar que por definição, Patrimônio Cultural compreende todos os bens móveis e imóveis de valor histórico, arqueológico, arquitetônico, arquivístico, bibliográfico, museológico, artístico, paisagístico, ambiental, cultural e afetivo para a população.
Assim, consistem em patrimônio: fotografias, livros, mobiliários, obras de arte, casas, edifícios, ruas, praças, cidades, regiões, florestas, cascatas, etc.
Só a preservação permite à população, à nossa gente, o acesso à memória coletiva, conhecendo e interpretando o passado, para construir no presente a sua identidade cultural.
O Estado de Santa Catarina hoje possui exatos 302 bens tombados à nível estadual, cerca de mais 60 estão em processo de tombamento, e certamente outras milhares de edificações e bens culturais por toda Santa Catarina, necessitam de um enquadramento que assegure à população o acesso a estes patrimônios, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Temos que lembrar que manter um bem tombado, requer dinheiro, conservá-lo, requer atenção permanente. Restaurar uma edificação, com rigorosos critérios técnicos, conservando seus valores estéticos ou históricos, requer a ajuda do Estado. E é isto que o projeto aprovado garante.
O Estado hoje, pode resgatar uma omissão histórica nesta área, priorizando uma demanda reprimida ao longo dos anos.
Mas o projeto do deputado Chiodini deseja não só estabelecer a responsabilidade do Estado nesta questão, mas também estimular os proprietários de edificações antigas, históricas, relevantes arquitetonicamente nas nossas cidades, para que procurem restaurar e preservar seus edifícios para que não percamos o que resta da nossa memória, da história dos nossos antepassados.
Divulgação
Infelizmente, quando temos um assunto relevante para a área cultural do Estado, nenhuma linha das nossas editorias de cultura nos jornais diários aborda o assunto. Faço justiça apenas ao jornalista Carlos Damião, da coluna Ponto Final, do Notícias do Dia, um jornalista acima da média, com visão de futuro e uma alma sensível para reconhecer a importância do nosso passado e do Patrimônio do Estado. Eis a única nota sobre o projeto aprovado na Alesc ontem:
Carlos Damião
@Damiao_ND
Uma luz para o patrimônio histórico
AL aprova Programa Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico, garantindo recursos do Funcultural para o setor
Um passo importante para a cultura catarinense, o Programa Estadual de Preservação do Patrimônio Histórico de Santa Catarina, aprovado na quarta-feira (8) pela Assembleia Legislativa, chega em boa hora. E o projeto, de autoria do deputado Carlos Chiodini garante o mais importante: não basta tombar um imóvel, é preciso assegurar recursos para sua restauração, recuperação ou manutenção. Os valores deverão ser incluídos anualmente no orçamento do Funcultural (Fundo Estadual de Incentivo à Cultura). Na definição legal, patrimônio histórico é constituído por bens móveis, imóveis e imateriais de valor histórico, arqueológico, arquitetônico, arquivístico, bibliográfico, museológico, artístico, paisagístico, ambiental e cultural. Por incrível que pareça, e apesar de ter mais de 300 bens tombados como patrimônio (e outros 60 em fase de tombamento), Santa Catarina não tinha um programa específico para preservação de sua memória, apesar dos esforços dos técnicos ligados à Fundação Catarinense de Cultura. O principal problema, claro, sempre foi a falta de recursos financeiros.
PS. Dos mais de 300 imóveis tombados pela Fundação Catarinense de Cultura, em Santa Catarina, mais da metade foram tombados durante a minha gestão na Secretaria de Cultura e Comunicação do Estado e na Fundação Catarinense de Cultura (1995/1998) através do projeto Cultura Viva. O descaso era tanto, que nem mesmo a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, era tombada como patrimônio do Estado até então.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
UFSC ABANDONA O ESPORTE
É um verdadeiro absurdo e profundamente lamentável o total descaso da direção da UFSC com o parque poliesportivo da Universidade. As quadras esportivas estão jogadas às traças; a pista de atletismo, as caixas de salto e o campo de futebol completamente sem manutenção, cheios de buracos, sem pintura; e as quadras de tênis em estado lastimável, sem redes, com verdadeiras crateras no piso.
Quem é o responsável por esta tragédia? Quem é o verdadeiro responsável por este descaso com a coisa pública? Diria que é o Reitor, os pró-reitores, a prefeitura do campus, o Centro de Educação Física, enfim, todos que de uma forma ou de outra fazem vistas grossas para o esporte.
Lembro que na década de 80, quando cursava jornalismo na UFSC, os currículos obrigavam os alunos a Prática Desportiva (PDS) nos 4 primeiros semestres de todos os cursos de graduação. Seguiam um modelo americano de educação, e o esporte era um fator de integração saudável entre a comunidade universitária. As camisetas amarelas, com a logomarca azul marinho estampando a sigla da Universidade coloriam as quadras durante todo o dia e à noite com equipes de voleibol, basquete, futsal, handebol, tênis, atletismo, natação, etc . Certamente a comunidade universitária da época era mais saudável e menos obesa. Existiam torneios internos entre as modalidades, seleções para jogos abertos e torneios universitários.
Com o passar do tempo e com a retirada da obrigatoriedade da prática desportiva dos currículos, o espaço esportivo ficou destinado somente aos cursos de Educação Física e aos programas de extensão universitária.
A UFSC, nas últimas duas décadas, de forma equivocada, vem desprezando esta construção de novas gerações através do esporte. Abandonou um espaço nobre como se jogasse todo dinheiro ali investido no lixo. O Curso de Educação Física parece conivente com tudo isto e aos poucos está acabando até mesmo com os cursos de extensão universitária.
Vejam, por exemplo, o caso do tênis. Um professor que coordenava o projeto de extensão da modalidade se afastou da universidade, teve lá os seus motivos, tudo bem. Mas por isto o projeto parou? Ora bolas, projetos da UFSC não são da universidade? São de alguns professores, que quando resolvem parar, simplesmente param? Não existe um planejamento, uma ação coordenada pela Reitoria? Bem as aulas de tênis foram extintas, conseqüentemente as quadras foram abandonadas. São 5 quadras de saibro, e uma de cimento, todas em estado lamentável, praticamente sem condições da prática. Quem responde por isto? Ninguém. Um joga a responsabilidade para o outro, a reitoria não se manifesta e o patrimônio, vai assim se degradando. Da mesma forma que foram abandonadas a pista de atletismo, as quadras polivalentes, as caixas de salto e de arremesso, etc. A USCF abandonou o esporte.
Está na hora da reitoria da UFSC se atentar para este tipo de situação. O que está faltando na universidade é gestão. Tudo aquilo que a comunidade universitária critica nas gestões políticas, nos governos, acontece da mesma forma dentro do Campus. A administração central tem que coordenar o todo e não apenas os centros e laboratórios mais próximos dos pró-reitores. Espero que a nova Reitora eleita consiga ter uma visão mais gerencial da administração do Campus e ajude a preservar o patrimônio esportivo da USFC, um dinheiro investido pelo Governo Federal que hoje está sendo jogado na lixeira, porque a Direção do campus não gosta de esporte.
Quem é o responsável por esta tragédia? Quem é o verdadeiro responsável por este descaso com a coisa pública? Diria que é o Reitor, os pró-reitores, a prefeitura do campus, o Centro de Educação Física, enfim, todos que de uma forma ou de outra fazem vistas grossas para o esporte.
Lembro que na década de 80, quando cursava jornalismo na UFSC, os currículos obrigavam os alunos a Prática Desportiva (PDS) nos 4 primeiros semestres de todos os cursos de graduação. Seguiam um modelo americano de educação, e o esporte era um fator de integração saudável entre a comunidade universitária. As camisetas amarelas, com a logomarca azul marinho estampando a sigla da Universidade coloriam as quadras durante todo o dia e à noite com equipes de voleibol, basquete, futsal, handebol, tênis, atletismo, natação, etc . Certamente a comunidade universitária da época era mais saudável e menos obesa. Existiam torneios internos entre as modalidades, seleções para jogos abertos e torneios universitários.
Com o passar do tempo e com a retirada da obrigatoriedade da prática desportiva dos currículos, o espaço esportivo ficou destinado somente aos cursos de Educação Física e aos programas de extensão universitária.
A UFSC, nas últimas duas décadas, de forma equivocada, vem desprezando esta construção de novas gerações através do esporte. Abandonou um espaço nobre como se jogasse todo dinheiro ali investido no lixo. O Curso de Educação Física parece conivente com tudo isto e aos poucos está acabando até mesmo com os cursos de extensão universitária.
Vejam, por exemplo, o caso do tênis. Um professor que coordenava o projeto de extensão da modalidade se afastou da universidade, teve lá os seus motivos, tudo bem. Mas por isto o projeto parou? Ora bolas, projetos da UFSC não são da universidade? São de alguns professores, que quando resolvem parar, simplesmente param? Não existe um planejamento, uma ação coordenada pela Reitoria? Bem as aulas de tênis foram extintas, conseqüentemente as quadras foram abandonadas. São 5 quadras de saibro, e uma de cimento, todas em estado lamentável, praticamente sem condições da prática. Quem responde por isto? Ninguém. Um joga a responsabilidade para o outro, a reitoria não se manifesta e o patrimônio, vai assim se degradando. Da mesma forma que foram abandonadas a pista de atletismo, as quadras polivalentes, as caixas de salto e de arremesso, etc. A USCF abandonou o esporte.
Está na hora da reitoria da UFSC se atentar para este tipo de situação. O que está faltando na universidade é gestão. Tudo aquilo que a comunidade universitária critica nas gestões políticas, nos governos, acontece da mesma forma dentro do Campus. A administração central tem que coordenar o todo e não apenas os centros e laboratórios mais próximos dos pró-reitores. Espero que a nova Reitora eleita consiga ter uma visão mais gerencial da administração do Campus e ajude a preservar o patrimônio esportivo da USFC, um dinheiro investido pelo Governo Federal que hoje está sendo jogado na lixeira, porque a Direção do campus não gosta de esporte.
Assinar:
Postagens (Atom)