CRITÉRIOS ESTRANHOS E QUESTIONÁVEIS
São, no mínimo, estranhos os critérios usados pelos órgãos de saúde para a vacinação da gripe A (H1N1).
A definição de faixas etárias específicas foi feita através de um critério, a meu ver, muito questionável.
Privilegiar as faixas mais atingidas pela gripe no ano passado, certamente significa condenar as demais faixas a aumentar o índice de incidência da gripe este ano. Ou seja, as faixas que não serão imunizadas este ano estão sendo condenadas a receber a gripe por falta desta imunização.
Na minha residência, estamos todos fora da faixa de vacinação. Meu filho caçula tem quatro anos, minhas outras duas filhas têm 14 e 16 anos, minha esposa tem 35 e eu 50 anos. Ou seja, a família toda está exposta ao risco da gripe A, sem o apoio dos órgãos de saúde do País.
Minha família freqüenta as mesmas escolas, os mesmos locais de trabalho, as mesmas ruas, ônibus e locais públicos que os grupos de pessoas que pertencem às faixas imunizadas. Não é justo o critério estabelecido.
Se definissem que todas as crianças brasileiras até os 10 anos e que os idosos com mais de 60 aos fossem imunizados, seria um critério muito mais abrangente e mais justo. Agora, condenar faixas etárias a não participar de programas de imunização teria que, pelo menos, ter justificativas mais plausíveis, afinal, não é a idade das pessoas que determina a contaminação pelo vírus da gripe. Hoje é o governo quem está determinando quem são os grupos de brasileiros que devem correr o risco da contaminação pela gripe A.
O critério do governo é discriminatório e não tem justificativa legal.
terça-feira, 6 de abril de 2010
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